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Monólogo ao Amor

  • Foto do escritor: Douglas Calado
    Douglas Calado
  • 9 de mai.
  • 2 min de leitura

Você pode rir de mim...

Pode me chamar de tolo, de ingênuo,

de alguém que ainda acredita em contos que já foram rasgados.

Mas sabe de uma coisa?


Eu não vou desistir.


Podem me dizer que o amor é uma invenção...

Um produto barato de filmes antigos,

um suspiro que já não cabe no mundo moderno.

Mas ele ainda arde aqui.

Aqui, ó. 

Lateja como uma febre mansa, mas teimosa.


Meus amigos...

Ah, meus amigos tentam me curar.

Dizem que estou doente de esperança.

Eles olham nos meus olhos com pena e dizem:

"Acabou. Já passou. Não existe."

E cada palavra dessas é um prego no meu coração...

Mas mesmo assim, eu insisto.


Porque quando eu fecho os olhos,

não vejo o fim, vejo um começo.

Vejo um encontro.

Um toque.

Um silêncio cheio de sentido.

Vejo alguém que me olha como quem diz: “eu também esperei por você”.


É loucura?

Talvez.

Mas prefiro essa loucura à frieza de um mundo que desistiu.

Prefiro ser aquele que espera no cais,

mesmo com a certeza da maré contrária.


Minhas ideias...

São simples.

Não exigem demais.

Só um olhar.

Uma mão que segure a minha sem pressa.

Um gesto sincero.

Um amor que não fuja com o vento.


Porque eu acredito nisso!

Acredito num amor que chega como átomo errante,

mas encontra seu par num instante de colisão.

Um momento raro, inexplicável…mas real.


E por mais que digam que isso é fantasia,

eu prefiro continuar fiel a essa crença,

do que me tornar mais um corpo seco no deserto da descrença.


Então, se há um tempo certo,

um dia...uma hora em que tudo faz sentido...que venha.

Mas enquanto não chega, eu sigo aqui — de olhos abertos,

coração exposto, alma inteira.


Porque se for pra me perder,

que seja diante desse amor.

E se for pra me achar,

que seja no momento em que ele me olhe de volta.


Maceió/AL 09 de Maio de 2025

 
 
 

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